sexta-feira, 11 de julho de 2008

O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado

Ontem a peça foi O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado. Teatro de rua inteligente e envolvente. Narra a história de um herói-santo, Dom Quixote, que vive uma aventura em busca de sua amada Dulcinéia São Paulo, metaforicamente a cidade de São Paulo. Repleta de sons ao vivo e cores a peça faz um paralelo da visão esperançosa, e porque não dizer ingênua, do herói que se depara com a dura realidade de uma metrópole que trás em seu bojo as mazelas do desenvolvimento urbano. Aborda de forma crítica e lírica algumas questões sociais polêmicas, por exemplo, quando trata do sonho da casa própria é inserida a música Saudosa Maloca de Adoniram Barbosa, ou quando fala do futuro do país cita os meninas cheirando cola em tom do Lá Vem do Silvio Santos, ou ainda quando Dom Quixote encontra os moinhos de vento ao som O mundo é um moinho do Cartola, momento ímpar do espetáculo. No desfecho Dom Quixote envoca alguns traços de São Jorge, daí a referência ao Santo Guerreiro, e finaliza chamando o público a cirandar. Toda essa sonoridade e visualidade me fizeram sentir como uma criança do interior nordestino de outrora que fica admirado com a chegada do Circo no vilarejo, se é que me entendem?
P.S.: Hummm....que VONTADE!!!

Um comentário:

Paula Leão disse...

RS...eta vontade arretada!