terça-feira, 3 de novembro de 2009

Zeca Baleiro e o efeito cigarrinho

A teoria do caos tem como principal indicativo que o bater de asas de uma borboleta está interligado a formação de um tufão do outro lado do mundo. De fato tudo esta interligado por fios invisíveis que a nossa mediocridade racional não enxerga. Este final de semana eu e Ita fomos ao festival de MPB em Ilha Solteira, que além das apresentações dos músicos locais e nacionais concorrendo, também teve o show do Zeca Baleiro no final. Das 14 músicas apresentadas, tirando 2 ou 3, todas muito boas que mereciam destaque na mídia, mas como hoje o principal critério de uma música fazer sucesso é passar pelo crivo do mercado, infelizmente será difícil esse destaque. A música Velha Barrageira, do músico local Hugo, merecidamente ganhou o festival, uma letra bem construída, uma melodia simples e com efeito animador e uma interpretação performática foram os seus principais ingredientes.

Quando estava quase para começar o show do Zeca fui buscar uma cerveja e devido a falta da mercadoria na barraca e ao encontro com alguns amigos acabei demorando na empreitada. Quando voltei fui deflagrado pelo mau humor da Ita que julgou minha demora de maneira ciumática, sentindo-me injustiçado fui fumar um cigarrinho ao lado do palco e bem no momento estaciona um carro trazendo o Zeca. Eu até então tinha planejado não dar uma de tiete, mas diante das circunstâncias provocadas pelo efeito cigarrinho não resisti e fui ao encontro dele na tentativa de alguma interação. O resultado foi um pequeno pedido pra tocar Salão de Beleza e a foto que tirei.

Nem preciso falar da qualidade do show, pois quem conhece o Zeca sabe do seu estilo e qualidade.

Após dormir e almoçar na casa da amiga Silvia, no domingo fomos à prainha de Ilha beber e celebrar a vida e a companhia de bons amigos.