sábado, 12 de julho de 2014

As ferrovias e a relações de produção

As relações sociais de produção ultrapassam o âmbito nacional e possuem conexões internacionais. Cabe entender melhor o que cada classe de cada país tem a oferecer e trocar neste intercâmbio, enfim, o que cada ator econômico se apropria do outro. 

Recentemente, como mostrar a notícia abaixo, o Brasil vem definindo termos de um acordo de cooperação com a China, especificamente com empresas de produção de ferrovia, de tecnologia da informação e de produção de máquinas e equipamentos. Ao que indica a China oferece ao Brasil força produtiva concretizada em alta tecnologia, pois de acordo com a matéria, a qualidade chinesa em produzir ferrovias é superior que a brasileira. Fato comprovado pelos 100 mil km de ferrovias que o país possui, que representam cerca de 300% a mais o Brasil, que é de 29 mil km. 

Outro elemento importante a destacar é entender a política nessa equação. O que o chineses para entrar no universo das relação sociais de produção brasileiro não possuem o conhecimento jurídico e a inserção política de concessão para construção de ferrovias. Esses elementos são evidenciados na notícia como uma vantagem para a burguesia nacional, sendo essa, ao que parece, a linha política editorial do Jornal, que dito em verso: a burguesia nacional está inserida nas engrenagens jurídicas e políticas do país e por isso se possuem o direito de "morder" parte das forças produtivas e da riqueza produzida dos acordos internacionais. E dito em prosa: o Estado como concessionário 

O que é importante analisar também é onde entra o trabalhador nesse cenário. Ele não aparece no cenário e a mídia burguesa o coloca como expectador do processo produtivo, embora o mesma seja ator principal na construção. O Jornal não apresenta dados acerca de quantos trabalhadores e qual o valor da obra prevista, que no caso é de 1.000 km. Teríamos que ter mais dados para analisar a taxa de mais-valia  produzida no empreendimento e comparar com o ganho de capital da burguesia nacional. 

Outros elementos que também comporiam a presente análise, seria entender o que tais empresas representam na China. Como se apropriam da riqueza e como o Estado chinês se posiciona frente a essa apropriação. No entanto, pesquisar tais elementos escapam do momento e do intuito dessa breve análise.

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